Friday, June 15, 2007

Spurs vencem quarto título


Foto:Reuters

A possibilidade sweep era cada vez mais uma certeza e, ontem à noite, os San Antonio Spurs confirmaram o largo favoritismo que sempre tiveram para esta final e venceram o quarto jogo - segundo disputado em Cleveland - com uma vantagem de apenas um ponto (83-82).

A equipa de Gregg Popovich foi mais coesa durante toda a partida e, à entrada para o quarto e derradeiro período, vencia por 11 pontos de diferença. LeBron James e companhia fizeram os possíveis para adiar a festa de San Antonio, mas o quarto título tornou-se uma confirmação.
A nível individual, em Cleveland, destaque para o duplo duplo de LeBron (24 pontos e 10 assistências), enquanto o argentino Manu Ginobili foi quem mais brilhou do lado contrário. Com 27 pontos, 5 ressaltos e 3 assistências, Ginobili foi o melhor marcador do encontro.
No entanto, o título de MVP das finais foi para o francês de 26 anos Tony Parker. O base impediu que Tim Duncan vencesse o seu quarto título em finais, conseguindo no quarto jogo uma exibição com 24 pontos e 7 ressaltos.

Com título atribuído, as atenções viram-se agora por completo para o draft. Draft esse que, este ano, poderá contar com uma surpresa portuguesa. Algo a seguir.

Thursday, June 14, 2007

SA a uma vitória do título


Bruce Bowen surgiu em bom nível logo atrás de Duncan e Parker (Foto:Reuters)

Os San Antonio Spurs venceram o primeiro jogo em Cleveland (75-72) e estão mais perto do que nunca do quarto título da NBA. A superioridade dos Spurs era conhecida antes da final, mas a ideia de que a final pode ser resolvida com um sweep está cada vez mais iminente nos Estados Unidos.

Cleveland até começou melhor a partida (vencia 18-16 no final do primeiro período) e chegou a ter uma vantagem confortável durante o segundo período, mas uma recta final de primeira parte inspirada para os jogadores de Gregg Popovich permitiram uma reviravolta que se viria a revelar definitiva no decorrer da partida.
Na segunda parte, os Spurs alargaram ligeiramente a vantagem e entraram para o último período com uma vantagem de sete pontos. No último período, os Cavs tentaram reagir mas era já tarde demais. Ginobili marcou os únicos pontos da partida nos minutos finais e garantiu a terceira vitória na final.

Do lado de Cleveland, LeBron James teve o seu melhor jogo da final (25 pontos, 8 ressaltos e 7 assistências), tal como o lituano Zydrunas Ilgauskas (12 pontos e 18 ressaltos), mas o resto da equipa esteve bastante apagada. O rookie Daniel Gibson, que tem sido uma das pedras fundamentais da equipa nos últimos jogos obteve apenas 2 pontos, 3 ressaltos e 1 assistência. Pavlovic apontou 13 pontos, enquanto Drew Gooden alcançou um duplo duplo com 13 pontos e 12 ressaltos.

Do lado contrário, o "trio fantástico" também esteve bastante apagado. Além dos 3 pontos de Ginobili, Parker fez 17, Tim Duncan 14 e Bruce Bowen 13. Com 9 pontos, Brent Barry teve também um papel especial ao conseguir converter 3 em 4 lançamentos triplos.

Hoje de madrugada, os Spurs têm a possibilidade de fechar já a final de 2007.

Monday, June 11, 2007

San Antonio repete vitória


Tony Parker e Tim Duncan sorridentes com nova vitória (Foto:Reuters)

2-0. San Antonio aproveitou da melhor forma os jogos em casa e venceu ontem o segudo jogo por 103-92. A equipa de Gregg Popovich está lançada para o quarto título e a pressão está agora do lado dos Cavaliers, já que os próximos três jogos serão disputados em Cleveland.

O jogo nunca esteve em discussão e ao intervalo os Spurs venciam já por 25 pontos. Vitória tranquila de uma equipa determinada a vencer o título o mais rapidamente possível e se o conseguir em Cleveland melhor.
Na partida de ontem, destaque para Tony Parker que voltou a realizar uma excelente exibição (30 pontos, 4 ressaltos e 2 assistências) e parece ameaçar o quarto título de MVP para Tim Duncan (23 pontos, 9 ressaltos e 8 assistências). O argentino Ginobili apontou 25 pontos.

Do lado de Cleveland, LeBron James esteve melhor do que no primeiro jogo e garantiu 25 pontos, 7 ressaltos e 6 assistências.
Daniel Gibson é que parece talhado para os jogos de playoff e voltou a conseguir uma boa pontuação - 15 pontos.

Friday, June 08, 2007

Spurs entram a ganhar


Foto: Associated Press

Como se esperava, os San Antonio Spurs não tiveram dificuldade em vencer o primeiro jogo da final frente aos Cleveland Cavaliers (85-76).
A equipa de Gregg Popovich esteve na frente da partida desde o começo do jogo, beneficiando em muito dos começos promissores de Tony Parker e Tim Duncan. Ao intervalo, a equipa do Texas vencia por cinco pontos de diferença, mas no decorrer do terceiro período a vantagem dilatou-se até aos 18 pontos.

Os Cleveland Cavaliers pouco podiam fazer na partida, mas LeBron James, com dois triplos consecutivos, ajudou a encurtar a distância e a repor alguma, embora pouca, emoção no jogo. Contudo, era já tarde demais.
LeBron James esteve bastante apagado e precisou de 29 minutos para converter um lançamento de campo. A exibição modesta de James terminou com 14 pontos, 4 assistências e 7 ressaltos. Daniel Gibson voltou a estar em bom plano, alcançando 16 pontos e 4 assistências, tornando-se no melhor marcador da equipa na partida.
Gooden com 14 e Pavlovic com 13 estiveram também na lista dos melhores marcadores.

Do lado dos Spurs, os destaques foram Parker e Duncan. O base francês de 25 anos terminou a partida com 27 pontos, 7 assistências e 4 ressaltos, enquanto Tim Duncan alcançou mais um duplo-duplo com 24 pontos, 13 ressaltos, 5 desarmes e 2 roubos de bola.
O argentino Manu Ginobili esteve também em destaque ao apontar 16 pontos.

Thursday, June 07, 2007

Os pesos da balança - Spurs vs Cavaliers


Ginobili e James: quem levará a melhor? (Foto:David Liam Kyle/NBAE/Getty Images)

Os San Antonio Spurs são os principais favoritos à vitória na NBA e, teoricamente, só com uma equipa de Cleveland em excelente pleno não alcançarão o quarto título da NBA.
O que distingue as duas equipas? Primeiro que tudo, a coesão e dimensão do grupo de trabalho. San Antonio é uma equipa que consegue mesclar a coesão e estabilidade exibicional de jogadores como Tim Duncan, Michael Finley e Bruce Bowen com o génio e criatividade de Tony Parker e Manu Ginobili. De facto, é este equilíbrio que fazem de San Antonio uma das equipas mais complicadas de defrontar.

Agressivos a defender, por vezes até demais, as peças dentro do campo são bem orientadas por Gregg Popovich. Depois, o banco. O banco dos Spurs é um dos melhores, se não o melhor, da NBA. Ginobili é habitualmente o primeiro a saltar do tempo e assume uma tarefa fundamental, mas o seu compatriota Fabricio Oberto, Robert Horry e Francisco Elson conseguem entrar em campo e render a um nível semelhante, pese as diferenças óbvias.

Do outro lado, Cleveland é uma equipa muito dependente do génio de LeBron James. Se Parker e Ginobili são génios de "pantufas", LeBron James coloca todo o seu poderio físico à ordem das arrancadas estrondosas para o cesto. E quando o faz, dificilmente o param. Cavs na final será obrigatoriamente LeBron James. Os restantes jogadores são bons e têm valor, mas sem LeBron a equipa perde agressividade ofensiva e brilhantismo. LeBron James joga a um ritmo alucinante e consegue colocar a equipa a jogar. O lituano Zydrunas Ilgauskas é a segunda referência da equipa. Importante na luta pelas tabelas, o europeu guarda da escola do Velho Continente a perícia e eficácia dos lançamentos, mesmo afastado do cesto. Já Alexander Pavlovic está mais talhado para o jogo exterior.

Cabendo a LeBron James praticamente todo o processo imaginativo das jogadas de ataque, a posição de base perde um pouco o seu valor clássico. Larry Hughes ou Daniel Gibson perdem influência na criação, mas ganham na conclusão, como se verificou no último jogo. Os adversários tendem a defender James com duas unidades e a deixar Hughes ou Gibson soltos no jogo exterior. Num jogo com boa percentagem de lançamento, poderá ser um trunfo fundamental para alcançar a vitória.
O treinador Mike Brown, antigo assistente de Popovich nos Spurs, tem a imagem castiça do treinador simpático e bem-disposto. Parece-lhe faltar pulso numa equipa em que pouco espaço resta de liderança com a presença de LeBron James - apesar de tudo, um jovem com 23 anos.

Depois há ainda Drew Gooden e Eric Snow, decisivos no capítulo defensivo, Donyell Marshall para o jogo exterior e o desajeitado Anderson Varejão para a luta nas alturas. A equipa é bom e completa, mas LeBron destoa. Essa superioridade relativamente ao resto da equipa gera, por vezes, barreiras inconvenientes para o jogo. Na final, não haverá espaço para errar.

Histórico

Spurs e Cavs encontraram-se duas vezes na temporada regular e o saldo é 100% vitorioso para os Cavaliers. Logo no segundo jogo da temporada, os Cavaliers foram a San Antonio vencer por 88-81. Com um LeBron James em grande nível (35 pontos, 10 ressaltos e 4 assistências), as pontuações de Parker (21) e Duncan (25) de nada valeram. Neste jogo, a luta dos ressaltos foi ganha pelos Cavaliers (49-40).

O segundo jogo disputou-se no segundo dia de 2007 com nova vitória para Cleveland (82-78). Desta feita, LeBron James fez apenas 19 pontos, beneficiando das ajudas de Larry Hughes (18 pontos) e Ilgauskas (13 ressaltos). Do lado dos Spurs, Parker (26) e Duncan (18) voltaram a ser as referências. A luta dos ressaltos, contudo, pendeu para San Antonio mas por uma margem mínima (45-44).

Tuesday, June 05, 2007

Cavaliers - Ano de estreia


Brad Daugherty foi fundamental em 1991/1992 (Foto: NBA.COM)

Os Cleveland Cavaliers estão pela primeira vez numa final da NBA. Depois do segundo lugar na conferência Este garantido no último jogo depois de uma luta acesa com os Chicago Bulls, Cleveland ficou com a parte teoricamente mais simples do quadro do playoff. Na primeira ronda, os Washington Wizards foram presas fáceis para a equipa de Mike Brown. Gilbert Arenas e Caron Butler não puderam dar o contributo e Antawn Jamison ficou sozinho numa tarefa que mesmo a 100% seria muito complicada. Desta forma, os Cavs não tiveram dificuldade em aplicar um sweep.

Na segunda ronda, os New Jersey Nets. Depois de chegar a uma vantagem de 3-1 com relativa facilidade, estava tudo encaminhado para Cleveland vencer o quinto jogo em casa e fazer o 4-1 que daria acesso à final de conferência. Contudo, Jason Kidd estava com outras ideias e levou a sua equipa à vitória em terreno alheio.
No entanto, no jogo 6 em New Jersey, Cleveland corrigiu o erro caseiro e garantiu a sua terceira presença em finais de conferência. O adversário: Detroit Pistons. Depois de ter estado perto da vitória em Detroit, os Cavaliers acabaram por perder os dois jogos fora. Contudo, em casa, a equipa de LeBron James conseguiu vencer os dois jogos, cumprindo as expectativas.

No jogo 5 assistiu-se a uma das melhores exibições de sempre da NBA. LeBron James abriu o livro no último período de um jogo que teve dois prolongamentos. O extremo dos Cavs apontou 29 dos últimos 30 pontos da equipa e contribuiu de forma decisiva para a vitória em Auburn Hills.
Dois dias depois, em casa, os Cavaliers tinham uma oportunidade histórica de alcançar a final da NBA pela primeira vez. LeBron James esteve longe da exibição do jogo 5 (20 pontos, 14 ressaltos e 8 assistências), mas o rookie Daniel Gibson fez a diferença ao apontar 31 pontos (5-5 em lançamentos triplos).

Feito único

A presença na final da NBA é um feito único para a equipa de Mike Brown. Desde que LeBron James chegou como primeira escolha do draft em 2003 a equipa evoluiu e os resultados estão à vista. Desde 1970-1971, primeira época na NBA, os Cavaliers já chegaram aos playoffs por 15 vezes, mas em dez delas foram afastados na primeira fase, duas nas meias-finais de conferência e duas nas finais.
A primeira final de conferência chegou logo no sexto ano de existência em 75-76. Depois de uma temporada regular com um registo de 49-33 e derrotou Washington por 4-3. Na final, os Boston Celtics foram os carrascos ao derrotar uma das melhores equipas de sempre de Cleveland por 4-2.

A última presença nas finais de conferência foi em 91-92. Na primeira fase, afastaram New Jersey por 3-2 e nas meias-finais vingaram-se dos Celtics ao vencer por 4-3, sendo que o derradeiro jogo, a negra, ficou marcado como o último jogo da carreira de Larry Bird.
Na final de conferência, contudo, a equipa foi afastada pelos fabulosos Chicago Bulls, onde despontava já Michael Jordan.
Aconteça o que acontecer, Cleveland já alcançou um feito único. Sem serem favoritos, Cleveland e LeBron James ambicionam surpreender os Spurs e entrar definitivamente para a história da NBA.

Spurs - Eficácia final


Tim Duncan e David Robinson (#50) (Foto: mysanantonio.com)

Os San Antonio Spurs foram a primeira equipa a apurar-se para a final da NBA deste ano. Depois do terceiro lugar na fase regular com 58 vitórias e 24 derrotas, San Antonio Spurs apanhou a esperançada equipa de Denver na primeira fase do playoff. Com Carmelo, Camby e a chegada de Allen Iverson em Dezembro, os Nuggets tinham aspirações a conseguir fazer algo mais e surpreenderam ao vencer o primeiro jogo em San Antonio. Contudo, os Spurs responderam com quatro vitórias consecutivas e marcaram presença nas meias-finais de conferência frente aos Phoenix Suns.

Em Phoenix, no primeiro jogo, os Spurs conseguiram ser mais fortes e garantiram úma vantagem estratégica que lhes veio a dar bastante jeito. Numa eliminatória marcada por muitas polémicas, os Spurs perderam o segundo jogo em casa, mas recuperaram novamente em Phoenix e garantiram a quarta vitória no jogo 6.
Na final de conferência frente a Utah, Deron Williams foi um adversário à altura, mas os Spurs estavam determinados a garantir a quarta presença em finais. Neste capítulo, Ginobili, Parker e Duncan foram autênticas dores de cabeça para os defesas contrários.

3 Finais, 3 Títulos

Os Spurs já marcaram presença na final em três anos e nos três anos saíram com os anéis nos dedos. A primeira foi em 1999 frente aos New York Knicks (4-1). Os Knicks entravam na final a cometer um feito histórico. Pela primeira vez, uma equipa que tinha partido em oitavo lugar para os playoffs conseguia alcançar as finais. Contudo, David Robinson e Tim Duncan, também conhecidos como as torres gémeas, foram mais fortes. Tim Duncan foi considerado o MVP da final alcançando uma média de 27.4 pontos, 14 ressaltos, 2.4 assistências e 2.2 desarmes de lançamento.
No entanto, no quinto jogo, o herói acabou por ser o actual treinador de Dallas, Avery Johnson. Foi ele que fez os dois pontos decisivos na vitória por 78-77 no jogo 5.

Quatro anos depois, nova presença. Nova vitória. Desta vez, eram os Nets que estavam do outro lado. Com maior ou menor dificuldade, os Spurs venceram por 4-2 e o MVP voltou a ser Tim Duncan. A perder por 3-1, os Nets ainda conseguiram adiar o título por um jogo, mas no jogo 6 Tim Duncan esteve insuperável ao alcançar 32 pontos, 20 ressaltos, 6 assistências e 7 desarmes de lançamento.
Olhando para a equipa, além de Tim Duncan, verificavam-se já os nomes Tony Parker, Manu Ginobili e Bruce Bowen.

A última presença na final e consequente título remonta a 2005. Adversário: os campeões Detroit Pistons. Resultado final: o mais complicado até ao momento - 4-3.
O MVP: não é novidade - Tim Duncan. Os Spurs começaram por vencer os dois jogos em casa, mas Detroit recuperou nos dois jogos seguintes. Realizando o terceiro jogo em casa, os Pistons não conseguiram tomar a dianteira e perderam por 96-95 no prolongamento. Tudo se encaminhava para mais uma vitória, mas os Pistons venceram o sexto jogo (95-86) e obrigaram a um sétimo jogo.
No sétimo jogo, os Spurs venceram 81-74 e conquistaram o terceiro título em menos de dez anos. Duncan e Ginobili contribuíram com mais de metade dos pontos (45).

Sunday, June 03, 2007

Boobie Gibson - o homem que afastou Detroit


Gibson (#1), felicitado por Mike Brown (D) e LeBron James (E) (Foto:Reuters)

O jogo 6 da final de conferência foi praticamente resolvido pela actuação do rookie Daniel Gibson no derradeiro período do jogo. A 42.ª escolha do draft de 2006 esteve em destaque na partida ao alcançar um máximo de carreira de 31 pontos, destacando-se nos lançamentos triplos (5-5). Mas quem é este jovem que decidiu saltar para a ribalta no jogo de ontem?

Nascido a 27 de Fevereiro de 1986 (21 anos), Daniel Gibson tem o basquetebol nos genes. O seu pai, Byron Gibson, jogou na Universidade de Houston onde se destacou ao alcançar uma média de 25.5 pontos por jogo. Já o filho, Daniel Boobie Gibson formou-se na Universidade do Texas, onde não teve números tão altos como o pai. Nos dois anos, Gibson fez uma média de 13.6 pontos, 3.6 ressaltos e 3.5 assistências. A nível universitário, o máximo alcançado teve características bastante semelhantes ao jogo de ontem. 37 pontos, aproveitando os lançamentos exteriores para converter nove triplos.
A sua primeira época na NBA está a terminar da melhor forma, mas o base dos Cavs teve uma actuação discreta até aqui. Tapado por nomes como LeBron James ou Larry Hughes, Gibson alcançou uma média de 4.6 pontos, 1.5 ressaltos e 1.2 assistências nos 60 jogos disputados a uma média de 16.5 minutos.

Curiosamente, Gibson tinha feito apenas 4 pontos na fase regular contra Detroit.

Cleveland na final da NBA


Varejão festeja com Danny Gibson (Foto: Reuters)

Os Cleveland Cavaliers acabam de fazer história na NBA ao bater os Detroit Pistons e garantirem pela primeira vez a final (98-82). Depois de duas derrotas nos dois primeiros jogos, Cleveland e LeBron James conseguiram virar o resultado e vencer quatro jogos seguidos que valeram o apuramento para a final, onde vão defrontar o representante de Oeste - San Antonio Spurs.

No jogo 6 disputado em Cleveland, LeBron James esteve bastante longe do que fez em Detroit no jogo 5. Ao intervalo, LeBron tinha apenas 9 pontos, todos eles da linha de lance livre. Os quatro lançamentos de campo não tiveram sucesso, mas James contribuía de outra forma: 7 ressaltos e 5 assistências.
Do lado de Detroit, era RIP Hamilton quem mais se destacava com 16 pontos.
O segundo período ficou marcado por problemas técnicos. O relógio decidiu fazer greve e, depois de um atraso de 21 minutos, o segundo período foi todo disputado com um speaker a "avisar" os tempos de ataque e actualizando o resultado momentâneo.

A vitória dos Cavs chegou no quarto período. Com um começo impressionante e apoiados no jovem rookie Daniel "Boobie" Gibson (que fez dois triplos consecutivos), Cleveland conquistou uma vantagem pontual que se revelou decisiva para a vitória.
Os Pistons tentaram reagir, mas o nervosismo e o aproximar de uma eliminãção tornou a equipa mais nervosa. Neste capítulo, Rasheed Wallace estava incontrolável e acabou expulso do jogo.
Com um parcial de 19-5 no quarto período, a vitória dos Cavaliers tornava-se cada vez mais uma certeza.

A vitória final acabou por chegar para delírio dos milhares de adeptos de Cleveland que marcavam presença no pavilhão e no exterior perante um ecrâ gigante. Daniel Gibson acabou por suceder a LeBron como o grande herói da partida ao realizar um máximo de carreira de 31 pontos (5-5 em lançamentos triplos). O rookie de Cleveland foi a 42.ª escolha do draft, mas fez questão de demonstrar o seu valor. LeBron James acabou o jogo com 20 pontos, 14 ressaltos e oito assistências, convertendo apenas três lançamentos de campo em 11 tentativas.

Do lado de Detroit, Richard Hamilton confirmou-se como o melhor elemento da equipa ao acabar com 29 pontos. Os Pistons chegaram à quinta final de conferência consecutiva mas, tal como no ano passado com Miami, voltaram a perder.
Do outro lado, é dia de festa para Cleveland, já que ganharam pela primeira vez uma final de conferência depois de duas perdidas, no princípio das décadas de 70 e 90.

Friday, June 01, 2007

A dupla do futuro


Mike Conley Jr e Greg Oden (Foto: media.scout.com)

Apesar de algumas dúvidas ainda persistirem sobre qual será a melhor opção, tudo indica que os Portland Trail Blazers irão escolher o promissor poste Greg Oden, de Ohio State com a primeira escolha do Draft. Mas isto não surpreenderá ninguém. O bom negócio seria conseguir dar-lhe de “presente” o seu melhor amigo e parceiro no campo de longa data, Mike Conley Jr.

Greg Oden e Mike Conley Jr. jogaram juntos antes do liceu, durante o liceu, em Indiana, e na universidade, em Ohio State. O próprio pai de Greg Oden já tem sido visto a fazer pressão para que os Portland façam tudo para conseguir o base que tão bem joga com o seu filho. Muitos começam já a sonhar com uma parceria do nível da que Karl Malone tinha com John Stockton.

Mas o problema passa por Atlanta. A equipa da Georgia tem uma séria deficiência na posição do point guard e não quererá repetir o erro que fez quando, no Draft de 2005, já na altura necessitados nessa posição, escolheram o power forward Shelden Williams em detrimento dos bases Chris Paul e Deron Williams.

Atlanta tem a 3ª e 11ª escolha no Draft, o que origina escolhas difíceis. Por um lado, num ano com tantas óptimas escolhas no que respeita a extremos, Atlanta poderá não querer “gastar” a sua 3ª escolha num base que só é visto como uma escolha da 6ª à 10ª posição. Por outro lado, ele poderá não “aguentar” até à 11ª escolha.

Que tipo de negócio poderá apresentar Portland? Tudo passaria por um negócio com o (agora) excedentário Zach Randolph. Uma boa opção seria fazer um acordo no qual Atlanta escolheria Mike Conley Jr. na 3ª posição, para depois o trocar com Zach Randolph, escolhendo, na 11ª posição, o também bastante promissor base Acie Law, que ainda deverá estar disponível nessa fase do Draft. Outros jogadores poderiam ser envolvidos na troca para eliminar possíveis discrepâncias de qualidade entre o “confirmado” Randolph e a “aposta” Conley Jr.

Se este cenário se confirmasse, Portland ficaria, para já, com um cinco titular bastante interessante, com Mike Conley Jr., Brandoy Roy, Ime Udoka, LaMarcus Aldridge e Greg Oden, com jogadores como Jarret Jack, Darius Miles e Fred Jones no banco. Uma equipa a ter em consideração, sem dúvida.

Orlando, Indiana e Memphis definem técnicos


Bicampeão da NCAA, Donovan orientará agora os Magic (Foto: Associated Press)

Os Orlando Magic, Indiana Pacers e Memphis Grizzlies já decidiram quem vão ser os técnicos para a próxima temporada.
Em Orlando, a temporada que agora acaba foi uma desilusão. A equipa esteve grande parte da época em lugar de playoff, mas vacilou nos jogos finais e acabou por ficar em oitavo lugar. Nos playoffs, sofreram um sweep de Detroit. Assim sendo, Billy Donovan, que estava nos Florida Gators (bicampeões da NCAA), será o novo treinador.
Os Pacers, com situação idêntica durante a temporada, optaram por Jim O'Brien é o substituto de Rick Carlisle. Em Memphis, o escolhido foi Marc Iavaroni, um dos técnicos que apoiava Mike D'Antoni nos Phoenix Suns.

As três equipas juntam-se assim a Charlotte (Sam Vincent) e Houston (Rick Adelman) que já tinham definido os técnicos. Restam agora duas equipas: Seattle Supersonics, uma equipa apetecível, tendo em conta a segunda escolha do draft e os vários rumores de trocas que vão surgindo, e os Sacramento Kings.

LeBron vence em Auburn Hills


Serão 48 pontos suficientes? (Foto: Reuters)

LeBron James esteve simplesmente imparável em Detroit e ofereceu a vitória perante os Pistons (109-107) que permite aos Cavaliers garantir a final da NBA caso vençam o jogo de sábado em Cleveland.
O quinto jogo não foi diferente de todos os outros disputados até aqui. Equilíbrio máximo até ao fim, sendo que desta vez houve dois extras: dois prolongamentos.

Detroit surgiu a mandar no primeiro período, mas teve desde logo uma importante baixa. McDyess foi expulso por falta duro sobre Anderson Varejão. Ainda assim, a equipa chegou ao fim do primeiro período a vencer por seis pontos. No segundo período foi a vez de Cleveland reagir e, pelo intervalo, Detroit vencia apenas por um ponto (52-51).
Para a segunda parte estava marcado o início do espectáculo de LeBron James. A entrada para o quarto período foi marcada com um empate a 70, sendo que no último período registou-se um empate a 91. LeBron James tinha começado a senda de único marcador por parte de Cleveland (marcou 29 dos últimos 30 pontos e os últimos 25 da equipa) e Chauncey Billups estava em bom plano também. O base que gere todo o jogo de Detroit estava muito bem no ataque e fez apenas um turn-over durante toda a partida. No entanto, nos últimos seis segundos do quarto período falhou um lançamento que daria a vitória.

A história do prolongamento foi a mesma. Ora atacava Detroit, ora atacava LeBron. Depois de chegarem empatados a 100 pontos no primeiro prolongamento, foi necessário recorrer a um segundo. Aqui, Detroit parecia estar em vantagem. Em pouco tempo, Drew Gooden, Daniel Gibson e Zydrunas Ilgauskas chegaram à sexta falta e LeBron James deu espaço aos outros quatro para jogar, mas as falhas de Pavlovic e Varejão dificultaram a tarefa. A perder 107-104, LeBron James consegue o triplo e, na jogada seguinte, coloca Cleveland em vantagem em mais uma jogada de entrada para o cesto fantástica. Com dois segundos para jogar e Detroit a necessitar obrigatoriamente de dois pontos, Billups falhou o lançamento.

LeBron James conseguiu o máximo de carreira em jogos do playoff com 48 pontos, juntando ainda 9 ressaltos e 7 assistências. Ilgauskas fez 16 pontos, Gibson 11 e Drew Gooden entra para a história por ter feito o último ponto (lance livre que deu 84-87) da equipa antes de LeBron assumir definitivamente as contas do jogo.
Do lado de Detroit, três jogadores ultrapassaram os vinte pontos: Hamilton (26), Billups (21) e Webber (20), sendo que os restantes jogadores do cinco inicial chegaram também às dezenas: Wallace (17) e Prince (10).

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