Ginobili e James: quem levará a melhor? (Foto:David Liam Kyle/NBAE/Getty Images)Os
San Antonio Spurs são os principais favoritos à vitória na NBA e, teoricamente, só com uma equipa de
Cleveland em excelente pleno não alcançarão o quarto título da NBA.
O que distingue as duas equipas? Primeiro que tudo, a coesão e dimensão do grupo de trabalho.
San Antonio é uma equipa que consegue mesclar a coesão e estabilidade exibicional de jogadores como
Tim Duncan,
Michael Finley e
Bruce Bowen com o génio e criatividade de
Tony Parker e
Manu Ginobili. De facto, é este equilíbrio que fazem de
San Antonio uma das equipas mais complicadas de defrontar.
Agressivos a defender, por vezes até demais, as peças dentro do campo são bem orientadas por
Gregg Popovich. Depois, o banco. O banco dos
Spurs é um dos melhores, se não o melhor, da NBA.
Ginobili é habitualmente o primeiro a saltar do tempo e assume uma tarefa fundamental, mas o seu compatriota
Fabricio Oberto,
Robert Horry e
Francisco Elson conseguem entrar em campo e render a um nível semelhante, pese as diferenças óbvias.
Do outro lado,
Cleveland é uma equipa muito dependente do génio de
LeBron James. Se
Parker e
Ginobili são génios de "pantufas",
LeBron James coloca todo o seu poderio físico à ordem das arrancadas estrondosas para o cesto. E quando o faz, dificilmente o param.
Cavs na final será obrigatoriamente
LeBron James. Os restantes jogadores são bons e têm valor, mas sem LeBron a equipa perde agressividade ofensiva e brilhantismo.
LeBron James joga a um ritmo alucinante e consegue colocar a equipa a jogar. O lituano
Zydrunas Ilgauskas é a segunda referência da equipa. Importante na luta pelas tabelas, o europeu guarda da escola do Velho Continente a perícia e eficácia dos lançamentos, mesmo afastado do cesto. Já
Alexander Pavlovic está mais talhado para o jogo exterior.
Cabendo a
LeBron James praticamente todo o processo imaginativo das jogadas de ataque, a posição de base perde um pouco o seu valor clássico.
Larry Hughes ou
Daniel Gibson perdem influência na criação, mas ganham na conclusão, como se verificou no último jogo. Os adversários tendem a defender
James com duas unidades e a deixar
Hughes ou
Gibson soltos no jogo exterior. Num jogo com boa percentagem de lançamento, poderá ser um trunfo fundamental para alcançar a vitória.
O treinador
Mike Brown, antigo assistente de
Popovich nos
Spurs, tem a imagem castiça do treinador simpático e bem-disposto. Parece-lhe faltar pulso numa equipa em que pouco espaço resta de liderança com a presença de
LeBron James - apesar de tudo, um jovem com 23 anos.
Depois há ainda
Drew Gooden e
Eric Snow, decisivos no capítulo defensivo,
Donyell Marshall para o jogo exterior e o desajeitado
Anderson Varejão para a luta nas alturas. A equipa é bom e completa, mas
LeBron destoa. Essa superioridade relativamente ao resto da equipa gera, por vezes, barreiras inconvenientes para o jogo. Na final, não haverá espaço para errar.
HistóricoSpurs e
Cavs encontraram-se duas vezes na temporada regular e o saldo é 100% vitorioso para os
Cavaliers. Logo no segundo jogo da temporada, os
Cavaliers foram a
San Antonio vencer por
88-81. Com um
LeBron James em grande nível (35 pontos, 10 ressaltos e 4 assistências), as pontuações de
Parker (21) e
Duncan (25) de nada valeram. Neste jogo, a luta dos ressaltos foi ganha pelos
Cavaliers (49-40).
O segundo jogo disputou-se no segundo dia de 2007 com nova vitória para
Cleveland (82-78). Desta feita,
LeBron James fez apenas 19 pontos, beneficiando das ajudas de
Larry Hughes (18 pontos) e
Ilgauskas (13 ressaltos). Do lado dos
Spurs,
Parker (26) e
Duncan (18) voltaram a ser as referências. A luta dos ressaltos, contudo, pendeu para
San Antonio mas por uma margem mínima (45-44).