Wednesday, January 24, 2007

A meio caminho

A fase regular da NBA está sensivelmente a meio caminho. As equipas começam a ultrapassar a barreira dos 41 jogos e, para algumas, já quase só um milagre fará com que façam mais que os 82 jogos por época.
Os Boston Celtics enfrentam agora uma série de oito derrotas consecutivas que, juntamente com um plantel que permanece constantemente fustigado por lesões, prevêem um mau fim para Doc Rivers.
Do lado contrário, os Phoenix Suns e os Dallas Mavericks vão mantendo a luta acesa pela melhor série de vitórias consecutivas. Os Mavericks já fizeram de 12 e de 13, aos que os Suns responderam com uma de 15.
Actualmente, os Phoenix Suns vão na 14ª vitória, depois de ontem terem batido categoricamente os Wizards de Gilbert Arenas, enquanto Dallas derrotou na Florida os Orlando Magic para alcançar a 8ª vitória consecutiva.

Num outro nível, a estrela Allen Iverson voltou a fazer história na vitória de Denver sobre Seattle (117-112). O jogador que tem a carreira quase toda ligada aos Sixers tornou-se no 30º jogador a alcançar a marca dos 20 mil pontos, sendo ainda o sexto mais rápido a consegui-la.
O base dos Nuggets necessitou de 713 jogos, mais dois que Elgin Baylor (Minneapolis Lakers).
Wilt Chamberlain (Philadelphia Warriors, Sixers e Lakers) em 499 jogos foi o mais rápido, seguido de Michael Jordan (620), Oscar Robertson (671), e Abdul-Jabbar (684).

Monday, January 15, 2007

Onde parará Chris Webber?

* por Pedro Silva

Chris Webber abandonou durante a semana os Philadelphia 76ers e é a partir de segunda feira um jogador livre para assinar com qualquer equipa. Durante os últimos dias, quase todas foram as equipas da Liga que demonstraram maior ou menor interesse no veterano. Dallas, San Antonio, Miami ou New York foram alguns dos principais nomes associados, mas parece que o seu destino final está actualmente entre Detroit e Los Angeles. Webb, actualmente com 33 anos, já afirmou querer rumar a uma equipa que lute pelo título, pelo que os Knicks não parecem opção. Dallas e os Spurs parecem ter um plantel sólido e profundo de mais para dar a Chris Webb os minutos e protagonismo desejados. É este facto que joga a favor dos Lakers, que pretenderiam assim formar um triangulo de força com Webb, Bryant e Odom, colocando a equipa um pouco mais na corrida pelo título.

No entanto, são os Pistons que se apresentam como front-runners para a aquisição de Webb, que completou já mais de 16.000 pontos na NBA. Além de ser natal de Detroit, a equipa é um dos principais candidatos ao
campeonato, tendo no entanto algum - mesmo que não demasiado - espaço para o jogador. É duvidoso que Webb entrasse como titular absoluto no cinco da equipa de Hamilton, Billups , Rasheed Wallace e Prince, mas é certo que poderia dar profundidade ao plantel e adicionar pontos e ressaltos vindos do banco.
Num cenário em que a equipa que o receba terá apenas que lidar com o aspecto financeiro da transferência - o que pode não ser fácil devido aos complexos tectos salariais da liga - qualquer que seja o destino do jogador deverá tornar essa equipa mais competitiva e mais próxima das suas ambições.

Os Pistons encontram-se em segundo na divisão Central com 21-14. Chris Webb tem uma média de carreira de 21.4 pontos e 11 na presente temporada.

Sunday, January 14, 2007

Toronto Raptors - Estrangeiros a todos os níveis

Inseridos na Divisão Atlântica, os Toronto Raptors têm a possibilidade de se apurar por vencerem a divisão, mesmo sem ter um grande registo. Actualmente com 17-21, têm discutido esse lugar com os Nets.
Há poucos minutos estiveram perto de infligir a nona derrota da época aos Dallas Mavericks, não fosse um erro crasso de Peterson a 13 segundos do fim a permitir uma bola ao ar depois de ter ganho o ressalto.

Que equipa é esta? Vince Carter é um nome que está directamente ligado ao surgimento e crescimento desta equipa na NBA. Canadianos de origem, os Raptors não são apenas estrangeiros na liga onde jogam, mas também os jogadores que têm.
Chris Bosh é incontornavelmente a grande figura de Toronto. O extremo tem uma média de 21.2 pontos e 11.5 ressaltos por jogo e é o pólo dinamizador da equipa.
Com Anthony Parker e TJ Ford como bases, o resto da equipa é considerada uma autêntica armada europeia.
Com dois campeões mundiais, Garbajosa e Calderon, contam ainda com o italiano Bargnani (considerado até agora um dos melhores rookies) e o esloveno Radoslav Nesterovic, poste imponente que se entende muito bem com Bosh e que já passou por Minnesota e San Antonio.

Sem ter uma equipa que possa lutar por algo mais que a chegada aos playoffs, Toronto aproveita a vantagem geográfica. Caso não vença a Atlântica será complicado chegar aos playoffs e, mesmo chegando, dificilmente conseguirá sair vencedor da primeira parelha.
Vencendo a divisão e partindo da quarta posição poderá ter mais probabilidades, mas ainda assim não deverá ter argumentos para equipas como Cleveland, Detroit, Orlando, Washington, Chicago ou Miami (uma delas deverá ser a quinta posicionada, possivelmente uma das últimas três).

Orlando Magic - que futuro?

Noite sem grandes surpresas. Os claramente favoritos venceram os seus jogos com maior ou menor dificuldade, enquanto Miami fez um excelente jogo fora de casa conta os Utah Jazz e garantiu uma vitória que era um pouco inesperada.
Os Charlotte Bobcats continuam com uma importante série de vitórias mas por agora ainda não chega. Contra a pior equipa da Conferência Este, os Sixers, os Bobcats conquistaram a terceira vitória consecutiva.

No sentido inverso estão os Celtics. Com a equipa dizimada por lesões, Pierce, Szczerbiak, Tony Allen e Delonte West, somaram a quarta derrota consecutiva apesar de terem criado muitas dificuldades aos Pistons. Perderam por oito, mas entraram empatados para o último período.
Os Memphis voltaram a ser esmagados (66-111), desta feita pelos Bulls. Spurs e Timberwolves levaram a melhor sobre adversários de Este, Washington e Nets, respectivamente. Houston venceu Sacramento e Cleveland os Clippers.

No jogo transmitido pela Sporttv, os Phoenix Suns levaram a melhor sobre os Orlando Magic. Jogado naturalmente a um nível bastante elevado os Suns conseguiram chegar a uma boa vantagem, mas veio a sofrernos últimos minutos. Acabaram por vencer por 6 pontos de vantagem.
Foi a primeira vez que vi jogar Orlando e conhecia pouco da equipa. Oportunidade para rever Carlos Arroyo depois do Mundial do Japão. Sem espaço no cinco inicial, Arroyo é uma das melhores opções de banco, base criativo e forte no lançamento. É relativamente baixo para a média, mas a natural evolução de NBA poderá trazer coisas boas para este porto-riquenho.
Dwight Howard esteve longe do que podia fazer ao contrário de Jameer Nelson. O base alcançu 26 pontos e concretizou quatro lançamentos triplos em sete. Foi o principal impulsionador da equipa que conta ainda com Turkoglu e Grant Hill como importantes apoios no cinco. Com um bom banco além de Arroyo (Milicic, Bogans, Outlaw e Dooling), Orlando poderá aspirar a uma boa classificação na Conferência e, porque não, as meias finais dos playoffs. Mais do que isso poderá ser demasiado perante equipas como Chicago, Detroit, Cleveland e, porque não, Miami na sua máxima força.

Rescaldo

Com sensivelmente meia época da fase regular decorrida, as primeiras ilacções sobre os principais favoritos ao título, equipas para playoff e principais destaques individuais começam a ser possíveis.

A Conferência Oeste continua a ser, como se esperava, mais forte no seu conjunto. As equipas apresentam melhores registos e costumam levar a melhor sobre as congéneres de Este.
Dallas Mavericks é, até ao momento, a melhor equipa da NBA, muito por culpa de um tridente que se tem revelado decisivo. Dirk Nowitzki, Josh Howard e Jason Terry têm sido pau para toda a obra e, neste momento, apresentam um registo de 30-8. Dampier está ainda irregular e falta um quinto jogador a este equipa. Harris passa praticamente ao lado do jogo e, apesar de ter boa defesa no banco, faltam atiradores que se tornem decisivos nos momentos necessários.
E isso Phoenix (27-8) parece ter. Além de Steve Nash (MVP da fase regular nos últimos dois anos), Marion e Bell (no jogo exterior) e o regresso de Amare Stoudemire (jogo interior) fazem dos Suns não só uma equipa que ataca bem, como também mais completa nos momentos decisivos.
Utah, Lakers, San Antonio e Houston seguem numa segunda linha da Conferência e espera-se que consigam alcançar os playoffs com muita facilidade.
Os dois lugares que restam serão mais discutidos. Até agora, apenas os Memphis Grizzlies de Pau Gasol, cujo futuro (de jogador e equipa) permanece incerto, parecem arredados da luta.
Por agora, Allen Iverson (Denver) e Kevin Garnett (Minnesota) são fulcrais no inclinar da balança.
No entanto, as restantes equipas, com Golden State e Clippers à cabeça, permanecem na luta.

A Este há equilíbrio, mas por baixo.
Com apenas seis equipas com registo positivo, as restantes sabem que tudo ainda pode acontecer. Cleveland, Orlando, Detroit, Washington, Chicago e Indiana parecem lançados.
O percurso de Washington está associado a um jogador: - Gilbert Arenas. Arenas tem sido decisivo para que os Wizards apresentem o registo actual (20-15).
Em Chicago, nascem esperanças reforçadas a cada dia que passa. Com um cinco bastante coeso e alternativas de banco minimamente credíveis, o grande defeito continua a ser irregularidade. Apesar disso, espera-se que possam vir a brilhar.
Os campeões (Miami Heat) ainda não contam com O'Neal têm registo negativo (16-19), mas presume-se que, com maior ou menor dificuldade, consigam alcançar os playoffs. Aqui, o lugar poderá ser fatal se tiverem que encontrar, como se espera, equipas melhor cotadas.
A Divisão Atlântica é o grande aliciante da Conferência. Com as cinco equipas com registo negativo, será um trunfo extra para garantir os playoffs vencer a Divisão. Doc Rivers, treinador dos Celtics, já afirmou mesmo que estar três dias sem jogar poderá dar direito à liderança.
No entanto, por agora, a luta está reservada a Toronto, Nets e Knicks.
A nível global, Philadelphia está a ter um ano para esquecer, principalmente desde a saída de Iverson e, juntamente com Atlanta, Charlotte e Boston, parecem estar a perder o comboio dos playoffs.

NBA

O começo. Este blog sustenta-se de opiniões, não necessariamente fundamentadas, de pessoas que gostam da NBA e fazem dos seus jogos um vício benigno.
A fase regular já começou há três meses e meio, mas excepto algumas equipas, tudo está em aberto para os playoffs e, obviamente, o campeão.

Um espaço para os seus autores (por enquanto, apenas eu) divagarem sobre os jogos, os seus palpites para playoffs, títulos, jogos, tudo, bem como as análises às esplendorosas exibições que jogadores como Nash, Arenas, Wade, Bryant, entre outros, nos brindam.

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